Tipos de pesquisa, metodologias e exemplos de aplicação (Guia Completo)

Qual tipo de pesquisa devo utilizar? Essa é uma dúvida que muitas pessoas têm ao realizarem um trabalho científico. Veja o guia completo!

Qual tipo de pesquisa devo utilizar? Essa é uma dúvida que muitas pessoas têm ao criar um questionário. As pesquisas têm tipos e métodos que se diferenciam para cada finalidade e de acordo com a forma como você vai estudar algo. E, no Respondi, temos um conjunto de ferramentas simples e poderosas, prontas para te ajudar a obter as respostas que você precisa 😉

Do artigo científico a questionários com clientes, é o tipo da pesquisa que vai indicar os caminhos metodológicos para realizar o estudo e, mais do que isso, para explicá-lo a quem lê sobre como a sua pesquisa foi desenvolvida.

Ou seja, utilizar a metodologia correta faz com que seu trabalho fique todo amarradinho, não dê brecha nenhuma a interpretações equivocadas ou a dúvidas sobre o processo de coleta de dados, de observação do objeto estudado ou sobre a argumentação apresentada.

Já pensou, fazer uma pesquisa de mercado para a sua empresa e não conseguir tirar nenhum insight ao analisar os dados? Não dá, né?!

Em suma, a escolha e a aplicação do método adequado qualificam positivamente o seu trabalho. E então, vamos aprender sobre como fazer a pesquisa certa para o seu objetivo?

Mulher apresentando uma pesquisa

Mulher apresentando uma pesquisa

Metodologia: o que é e como fazer

A metodologia representa os métodos adotados para desenvolver a pesquisa, o que se define a partir dos passos da pesquisa.

  • Definição do objeto de pesquisa: escolher o que será estudado e qual o recorte do corpus. Ou seja, sobre o que o autor vai se debruçar e qual a extensão, qual período, qual localidade. É necessário delimitar este ponto para não abranger muitos aspectos que a pesquisa pode não dar conta.
  • Revisão da literatura bibliográfica: definido o objeto, um dos primeiros passos costuma ser estudar o que pesquisadores já têm falado sobre a área que envolve o tema escolhido para, a partir dessa revisão, construir e fundamentar o referencial teórico.
  • Escolha do tipo de pesquisa e instrumento de coleta de dados: determinar o tipo de pesquisa a ser adotado, conforme o que vamos ver adiante, e como os dados serão coletados, ou seja, através de entrevistas, de observação científica, de levantamentos numéricos, utilizando números de padrões de comportamento… O legal é que no Respondi você consegue criar perguntas de vários tipos.  Dessa forma, conseguimos fazer nossa mágica e diminuir a taxa de dados errados que você poderia receber.
  • Estabelecimento de cronograma: estabelecer as etapas da pesquisa para organizar sistematicamente os prazos e datas de finalização de cada uma e início da próxima.
  • Coleta de dados: essa é a hora em que o pesquisador põe a mão na massa, vai a campo buscar as informações que precisa analisar.
  • Análise dos dados: aqui está a última etapa e uma das mais importantes porque é a maior contribuição de um trabalho, visto que o pesquisador deve deixar sua análise sobre o objeto, que vai ajudar outros pesquisadores na área. Para te ajudar, conosco você pode exportar os dados de sua pesquisa para um arquivo .csv/Excel ou integrar automaticamente com o Google Planilhas.

Então, agora vamos conhecer os tipos de pesquisa e exemplos de aplicação.

Tipos de pesquisa

É claro que o percurso de pesquisa vai ser determinado pelo pesquisador e, muitas vezes, apenas ele é quem sabe o caminho das pedras que trilhou.

Porém, as pesquisas foram divididas em categorias para facilitar o sistema de produção científico para que seja padronizado e compreensível o método adotado pelo autor e, consequentemente, todo o seu trabalho tenha maior aceitação.

Contudo, muitas vezes é o próprio objeto que vai definir a natureza da pesquisa a ser aplicada. Ou seja, se eu escolho analisar dados concretos e estudá-los numericamente, a minha pesquisa será, obviamente, quantitativa.

Mas se, por exemplo, eu opto por analisar os reflexos desse número de maneira sociológica, ou seja, como os dados influenciam comportamentos, aí eu estaria fazendo uma pesquisa quali-quantitativa.

No Respondi, todos esses dados, sejam quantitativos ou qualitativos, podem ser baixados após as respostas dos utilizadores. Você pode fazer download dos resultados para avaliar e balizar as ações da sua empresa, corporação, pesquisa científica…

Por essas e outras, é muito importante saber o que significa cada terminologia da pesquisa para aplicar, desenvolver e explicá-la em conformidade com o que realmente eu estou fazendo.

Pesquisa qualitativa

A pesquisa qualitativa lança análises de percepção, leituras, interpretações, sensações e comparativos com um olhar mais subjetivo do autor sobre o objeto estudado. Claro, com base em argumentos científicos ou outras referências sobre o tema.

Ou seja, não há dados exatos de resultado de levantamentos, assim, são análises não-mensuráveis, uma vez que não é possível quantificar ou verificar numericamente a análise.

Desse modo, o pesquisador geralmente costuma estudar sobre comportamentos, sentimentos, fenômenos sociais, repercussões sociais, psicológicas e, em razão disso, a pesquisa qualitativa é o caminho mais atribuído aos trabalhos das áreas de Humanas.

Um exemplo simples seria o estudo sobre determinado padrão comportamental de uma comunidade em que o pesquisador passa a frequentar o espaço e a observar cotidianamente estes comportamentos para identificar semelhanças nas atitudes individuais que refletem coletivamente, transformações nesses padrões, coletar entrevistas que justifiquem estas percepções e assim por diante.

Se o pesquisador não pode mergulhar nestes espaços, ele pode desenvolver questionários qualitativos, semi-estruturados ou abertos, e aplicá-los através da plataforma Respondi.app de forma remota.

Dentro desse grande campo da pesquisa qualitativa estão vários subtipos de como ela pode se desenvolver, como estudo de caso, pesquisa etnográfica e pesquisa-ação. Vamos discorrer mais sobre estes e outros tipos abaixo.

Pesquisa quantitativa

A pesquisa quantitativa se traduz, pelo próprio nome, como um trabalho de evidências numéricas, matemáticas, estatísticas e gráficas. Como assim? Isso quer dizer que, ao adotar uma metodologia quantitativa, o pesquisador obrigatoriamente deve fazer o levantamento de dados concretos, absolutos e, a partir destes números, desenvolver sua análise.

Assim, se a pesquisa é um estudo sobre o trânsito da cidade, o autor vai precisar levantar com os órgãos de controle de tráfego os números de circulação de veículos, estatísticas de acidentes, números de semáforos, lombadas, faixas de pedestre. Isso, claro, se estiver dentro do escopo do recorte do corpus do objeto de estudo adotado por ele.

Também é possível fazer uma pesquisa de recepção, entrevistando os motoristas através de formulários do Respondi.app. Tudo de forma online e segura.

Pesquisa quali-quantitativa

Algumas pesquisas costumam fazer análises subjetivas de dados estatísticos. É perfeitamente possível realizar interpretações não-objetivas de números concretos.

Assim, a pesquisa quali-quantitativa ou mista engloba essa metodologia. É possível, por exemplo, o pesquisador partir de dados que demonstram a existência do êxodo rural em determinada região e analisar o porquê desse êxodo. Ou seja, ele tem dados que mostram que as pessoas estão deixando a zona rural para ir para as cidades, mas ele busca compreender o que está ocasionando isto e lança uma análise subjetiva.

É possível fazer entrevistas por meio de formulários do Respondi, direcionando um tipo de questionário para quem permanece no campo e outro para quem migrou para a cidade – utilizando a validação por CEP.

Pesquisa descritiva

A pesquisa descritiva é, ao mesmo tempo, uma das mais comumente realizadas, mas também imensamente complexa, uma vez que o autor vai descrever processos, apresentar como eles se estabelecem, quais as razões pelas quais acontecem e todas as circunstâncias envolvidas.

Um exemplo claro seria o estudo sobre o funcionamento de uma organização. Digamos que se trata de um trabalho sobre rotina de produção jornalística. Então, o pesquisador passaria a observar o funcionamento de uma redação para descrever os processos de trabalho, como as notícias são apuradas, editadas e publicadas para o público.

É um trabalho difícil pois requer aproximação do pesquisador ao objeto estudado sem que ele mergulhe nesse objeto e possa até interferi-lo.

A pesquisa descritiva é muito comum entre pessoas que já desenvolvem uma atividade e buscam analisá-la através de uma metodologia científica ou por pessoas que já estudaram na teoria sobre algo e buscam se aprofundar descrevendo o funcionamento na prática.

Pesquisa exploratória

A pesquisa exploratória tem o objetivo de estudar sobre um campo ou um objeto pouco analisado até então. Essa é a característica do método exploratório uma vez que o pesquisador vai adentrar numa área nova ou pouco explorada.

Como estamos tratando de algo inovador, a pesquisa exploratória é bastante flexível e o autor vai definindo métodos de chegar ao objeto, à análise, aos dados e que métodos vai utilizar, como entrevistas.

Também é importante recuperar as referências bibliográficas que são próximas do tema para fazer analogias e referendar ou refutar hipóteses.

Um exemplo seria estudar sobre os reflexos da covid-19 no urbanismo das cidades, cujas populações, hipoteticamente, mudaram de residência, ou porque tiveram que pagar menos por um aluguel e precisaram ir para periferias ou porque quiseram se abrigar mais confortavelmente e buscaram as casas de campo.

Além disso, houve a falta de manutenção pública de espaços como avenidas, ruas, parques, uma vez que o uso foi diminuído durante o lockdown. Este seria um exemplo de tema não explorado que poderia render uma boa pesquisa exploratória.

O uso de questionários com essas populações pode ser interessante para atingir públicos diferentes e de várias partes da cidade. De repente, rende até um insight de negócio nessa área de urbanismo/construção civil para algum bairro.

Pesquisa explicativa

A pesquisa explicativa é um pouco mais complexa do que parece. Ela tem o objetivo de explicitar fenômenos que acontecem e tentar explicá-los com base em teorias ou parâmetros já estabelecidos.

Digamos que surja uma nova doença. Os pesquisadores partem da análise da doença em si para explicar seus efeitos, causas e sintomas e também buscam estudos já consolidados que possam ajudar a esclarecer esta nova patologia.

Pesquisa bibliográfica

A pesquisa bibliográfica é uma das mais comuns na comunidade acadêmica porque consiste em levantar o que pesquisadores, autores, cientistas já falam sobre determinado tema e apresentar ao leitor fazendo pontes entre as reflexões de cada um, comparando-as e analisando, a partir do que já foi exposto, as próprias conclusões. Geralmente é encarada como uma pesquisa de cunho qualitativo.

O estudante de literatura que faz um estudo da arte (revisão bibliográfica) de tudo o que já foi estudado sobre a poesia barroca e analisa essas reflexões está fazendo pesquisa bibliográfica.

Pesquisa documental

Chegamos ao estilo essencialmente histórico. A pesquisa documental consiste em levantar em bases de dados, acervos, arquivos e bibliotecas elementos documentais da história ou de um determinado período sobre algum tema.

Consiste em coletar relatos de jornais, revistas, registros fotográficos, atas, documentos oficiais e acervos pessoais aquilo que se pretende analisar, ou para estudar um objeto ou para registrá-los cientificamente para que possam ficar documentados para o futuro.

São documentos informais que se condensam em documentos científicos para formar um extrato da história.

Um simples exemplo seria recuperar todas as capas de jornais que publicaram sobre a pandemia da covid-19 para aglutinar todas elas em um estudo que facilite o acesso rápido às principais capas de jornais do período e do tema.

Estudo de caso

O estudo de caso evidencia bem especificamente uma atividade de pesquisa sobre determinado acontecimento para, a partir dessa análise, ajudar em outras pesquisas.

O autor vai estudar minuciosamente um objeto pontual e analisar todas as circunstâncias envolvidas de forma empírica, com observações e experiências.

Estudar, por exemplo, a campanha de marketing de promoção de um refrigerante em uma determinada cidade pode ser um bom exemplo de estudo de caso. Essa mesma campanha aconteceu em várias cidades, contudo, o pesquisador se detém em um único caso, que pode servir como exemplo ou parâmetro para o desenvolvimento de novas campanhas em outras cidades ou até o aprimoramento desta que ele analisou.

Olha que exemplo de pesquisa legal para a sua empresa! Você analisa se algo foi muito bem em um local, entende o motivo e replica nas próximas campanhas de marketing.

Com todos os dados em mão, você não fica no achismo e direciona de forma correta as ações de sua empresa.

Pesquisa de campo

A pesquisa de campo é um dos elementos mais instigantes do estudo científico. Consiste na presença do pesquisador no local, na área em que o objeto estudado se encontra ou se desenvolve para aplicar os métodos de coleta de dados e informações.

Um estudo sobre algo relacionado à Amazônia é extremamente mais rico se o pesquisador consegue promover uma pesquisa de campo, in loco. É necessário também saber o que se pretende fazer na pesquisa de campo, quais objetivos e o que vai ser levantado para que não haja uma imersão do pesquisador e alteração do objeto, interferência nos resultados.

Uma possibilidade para a pesquisa de campo não ser influenciada pelo pesquisador é, após a experiência in loco do autor, as entrevistas serem feitas por meio de questionários online do Respondi. Se tem internet, você pode utilizar os nossos questionários a qualquer momento e de qualquer lugar 😉

Pesquisa experimental

A pesquisa experimental é uma das mais privilegiadas na ciência por obter resultados extremamente precisos após a aplicação de métodos empíricos, objetivos, experimentais.

Consiste na prática de realizar simulações, em ambiente e condições controlados e programados, para chegar a uma conclusão. É muito comum em laboratórios, com experimentos para buscar soluções.

Já é possível até imaginar tubos de ensaio com fórmulas e é exatamente isso que representa a pesquisa experimental, um trabalho de experiência. Um exemplo claro é o desenvolvimento das vacinas, que são testadas inúmeras vezes laboratorialmente.

Pesquisa ex-post-facto

A pesquisa ex-post-facto tem o objetivo de analisar como determinados acontecimentos se desenrolaram no passado e desvendar todo o novelo que desencadeou esses acontecimentos.

Assim, estudar as causas e efeitos de fenômenos já consolidados é uma característica desse tipo de pesquisa. Um exemplo seria estudar que motivos levaram os brasileiros a lutarem pelas Diretas Já até o desdobramento com a conquista do voto e o estabelecimento da Constituição Federal.

Pesquisa de levantamento

É uma pesquisa quantitativa que busca fazer uma leitura numérica sobre comportamento de um grupo. Um exemplo claríssimo é a pesquisa de intenção de voto.

Consiste num levantamento numérico com apresentação sólida dos dados, sem análise subjetiva. As ferramentas do Respondi.app permitem fazer uma pesquisa como essa de forma rápida, com um grande número de pessoas alcançadas.

Agora que você já sabe sobre os tipos de pesquisa, está na hora de começar a criar a sua. E, no Respondi, você tem toda estrutura e suporte necessários para criar pesquisas online e formulários de acordo com o seu objetivo.

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Escrto por Time Respondi,
em July de 2022